Blog do Henrique Fontes

Dedico esse espaço a relatos sobre minhas andanças cobrindo e produzindo concursos, outras paixões, como o futebol e o esporte em geral, ou quaisquer outros tópicos que me venham a cabeça. Espero que curta.

Minha foto
Nome:
Local: São Paulo, São Paulo, Brazil

31.5.06

Copa da Beleza do Global Beauties e "Veiled Beauty II" são destaques na imprensa de Porto Rico

A competição virtual Copa do Mundo da Beleza lançada belo site Global Beauties (http://www.globalbeauties.com/contests/worldcup/gbwc06.htm) é notícia em Porto Rico. Foi dado destaque à "Veiled Beauty II", a bela de véu criada pelo amigo Leonardo Oliveira para representar a Arábia Saudita, país que condena os concursos de beleza e onde o Global Beauties não pode ser acessado.

Confira o texto:

"Copa de Belleza.

¿Qué tienen en común los futbolistas y las reinas de belleza? Que este verano cuentan con la Copa Mundial y con el certamen de Miss Universo.
Del 9 de junio al 9 de julio se llevará a cabo el campeonato de fútbol más esperado del mundo y a partir del 5 de julio comenzarán las actividades conducentes al certamen de Miss Universo, que finalmente será el 23 de julio en el Shrine Auditorium de Los Angeles.
Así que este verano se hablará mucho de fútbol y de belleza. Es por eso que el portal cibernético, dedicado exclusivamente a la cobertura de certámenes de belleza, globalbeauties.com lanzó por segundo cuatrienio consecutivo el evento “The World Cup of Beauty”, donde participan los 32 países que clasificaron para el mundial de fútbol. Henrique Fontes y Ed Domínguez, presidente y vicepresidente del sitio web, respectivamente, seleccionaron a la concursante de cada país representado en Alemania que mejor desempeño ha tenido en los pasados cuatro años.
La rusa Oxana Fedorova ganó la primera Copa de la Belleza, celebrada hace cuatro años cuando el Mundial de Fútbol se celebró en Corea y Japón.
Puerto Rico, un país de gran tradición en certámenes y que en los últimos años ha alcanzado excelentes posiciones en los principales concursos mundiales, no participa en la “Copa de la Belleza”, por no contar con un equipo de fútbol en dicha competencia. En el caso de Arabia Saudita, país en el Mundial que nunca han contado con reinas en certámenes de prestigio, se optó por crear a la reina ficticia “Veiled Beauty II”.
Para la selección de la reina, se ha establecido un formato similar al creado para la Copa Mundial, sólo que las candidatas avanzarán mediante votación del público. La primera ronda consiste de ocho grupos de cuatro concursantes y las dos con mejores puntuaciones avanzarían a la segunda ronda.
Para la segunda ronda el modelo sería similar, pero con cuatro grupos de cuatro reinas; las mejores dos serían las que avanzan a la semifinal.
En la semifinal habrán dos grupos de cuatro donde las mejores dos de cada grupo serán las finalistas y en la ronda final se decidirán las cuatro posiciones.
La primera edición del “World Cup of Beauty” se realizó en el 2002, cuando la rusa Oxana Fedorova -que se coronó Miss Universo, aunque poco después renunció al cetro- ganó la medalla de oro de Global Beauties.
Para votar, los seguidores pueden acceder la página www.globalbeauties.com."

fonte: http://www.endi.com/XStatic/endi/template/nota.aspx?n=8872

28.5.06

Com vitórias sobre "times verdes", o Grêmio volta a respirar no Brasileirão

Grande resultado a vitória do Grêmio sobre o Palmeiras por 1 X 0, hoje no Palestra Itália. Após ter vencido o Goiás no meio de semana pelo placar de 2 X 0, e ter passado pelo ameaçado Palmeiras na tarde de hoje, o tricolor gaúcho saiu da zona de rebaixamento e já é nono na tabela do Brasileirão. Voltamos a respirar aliviados, dá-lhe Grêmio!

O Irã poderá surpreender na Copa do Mundo


Assisti o amistoso entre Croácia X Irã esta tarde (empate em 2 X 2 graças a um pênalti cavado pela Croácia aos 50 minutos do segundo tempo), realizado em Osijek, na Croácia, interessado em conhecer melhor a equipe croata, adversária do Brasil na Copa do Mundo que vinha de uma convincente vitória de 4 X 1 sobre a Áustria. Para minha surpresa, quem me impressionou foi o Irã, equipe pouco comentada e segundo algumas publicações especializadas, séria candidata a "saco de pancada" na Copa da Alemanha.

Muitos não sabem, mas a seleção do Irã tem o melhor retrospecto entre as seleções asiáticas em eliminatórias para a Copa do Mundo. Apesar dos resultados expressivos, como um sonoro 17 X 0 sobre Maldivas nas eliminatórias da Copa de 1998, esta será apenas a terceira vez que os iranianos disputarão a fase final da Copa do Mundo. Em 2005, contra as melhores seleções da Ásia, o Irã venceu o estigma de nadar, nadar e morrer na praia.

No jogo desta tarde brilhou a estrela do atacante Ali Karimi, um dos destaques da equipe na brilhante campanha das eliminatórias asiáticas. Além de Karimi, o Irã também conta com o veterano e talentoso atacante Daei. Ali Daei, de 36 anos, é o único jogador a ter marcado mais de 100 gols pela seleção do seu país. O goleirão do Irã, ainda que não muito exigido pelo ataque da Croácia, também se destacou em um time surpreendentemente bem armado.

Na Copa do Mundo da Alemanha o Irã caiu no grupo do México, Angola e Portugal, e se o México jogar a bobagem que jogou no amistoso contra a França ontem (0 X 1), o Irã tem tudo para surpreender e passar a fase seguinte ao lado de Portugal, do técnico Felipão.

Já a Croácia, jogando o que não jogou hoje, não oferecerá perigo ao nosso selecionado. Arrisco o placar de 3 X 0 no jogo Brasil X Croácia.

Copa do Mundo da Beleza


Esta aí, perfeita combinação entre misses e futebol! Com a Copa do Mundo chegando, assim como em 2002 lançamos no Global Beauties a Copa do Mundo da Beleza 2006, competição na qual cada país participante da Copa é representado pela sua mais bela Miss nos últimos 4 anos. Em países onde concursos de beleza são banidos, tivemos que apelar para a criatividade (ver Miss Arábia Saudida, no Grupo H).

Nesta competição, que segue os critérios de disputa da Copa do Mundo da FIFA, são os fãs de todo o mundo que escolhem a vencedora. As votações começaram com as candidatas nos grupos A, B, C e D. Basta acessar o link abaixo e votar:

http://www.globalbeauties.com/contests/worldcup/gbwc06.htm

Hals- und Beinbruch!

Suicídio Coletivo

Minha mãe adora plantas ao ponto de conversar com elas. No primeiro apartamento em que ela e minha irmã residiram em Miami havia uma varanda repleta de plantas e flores. Através do vidro da varanda, às vezes a víamos falando, gesticulando e até mesmo aparentemente discutindo com as plantinhas. Quando perguntava à minha irmã o que minha mãe tanto falava com as plantas a resposta era sempre a mesma: "Não sei e prefiro nem saber...".

Certo dia uma praga matou a mini-floresta de confidentes da minha mãe. Os esforços para salvá-las foram em vão. Naquela tarde estávamos minha irmã e eu na sala conversando quando chegou o Bruno, namorado dela. A primeira coisa que ele notou foram as plantinhas secas, e indagou: "Ué Marina, o que aconteceu com as plantinhas da sua mãe?".

A resposta veio rápida e rasteira: "Suicídio coletivo".

27.5.06

Rankings do Campeonato Brasileiro


Em 2006 o Campeonato Brasileiro da Série A de futebol chegou ao formato que muitos fãs sempre sonharam: pontos corridos com apenas 20 equipes, 4 rebaixadas e 4 promovidas da Série B. O ranking histórico da CBF contabiliza todos os pontos ganhos em partidas jogadas pelas equipes de 1971 a 2005. Já no da revista PLACAR, são concedidos 10 ao primeiro colocado de cada edição, 9 ao segundo, 8 ao terceiro... 1 ao décimo. No meu ranking, achei que nada seria mais justo que pontuar os 20 primeiros colocados de cada ano, concedendo 20 pontos ao campeão, 19 ao vice, 18 ao terceiro classificado, e assim por diante, até 1 ponto para o vigésimo colocado. Vamos aos resultados, começando pelos 20 melhores de cada década desde que o campeonato foi criado:

Anos 1970 (1971-79): 1) Internacional-RS 146 pts.; 2) Palmeiras 142; 3) Cruzeiro 113; 4) Grêmio 106; 5) Corínthians 105 e Vasco da Gama 105; 7) Atlético-MG 102; 8) São Paulo 99; 9) Flamengo 89; 10) Botafogo-RJ 85; 11) Cotitiba 74; 12) Guarani 70; 13) Santos 69; 14) Santa Cruz 59; 15) Bahia 53; 16) Fluminense 50; 17) América-RJ 41 e Vitória 41; 19) Operário-MS 37; 20) Goiás 32.

Anos 1980 (1980-89): 1) Flamengo 158 pts.; 2) Vasco da Gama 136; 3) São Paulo 127; 4) Grêmio 125; 5) Atlético-MG 123; 6) Fluminense 110; 7) Corínthians 104; 8) Internacional 90 e Santos 90; 10) Sport Recife 86; 11) Guarani 78; 12) Cruzeiro 76; 13) Bahia 68; 14) Coritiba 66; 15) Palmeiras 64; 16) Palmeiras 64; 17) Botafogo-RJ 57; 18) Portuguesa 54; 19) Ponte Preta 47; 20) Goiás 46.

Anos 1990 (1990-99): 1) 1) Palmeiras 153; 2) Corínthians 149; 3) São Paulo 136; 4) Atlético-MG 135; 5) Santos 132; 6) Portuguesa 107; 7) Cruzeiro 103 e Flamengo 103; 9) Botafogo-RJ 101; 10) Internacional 100; 11) Vasco da Gama 99; 12) Grêmio 84; 13) Bragantino 79; 14) Guarani 78; 15) Vitória 66; 16) Sport Recife 61; 17) Goiás 54; 18) Fluminense 51; 19) Bahia 46; 20) Atlético-PR 43.

Novo milênio (2000-05): 1) São Paulo 85; 2) Santos 79; 3) Atlético-PR 78; 4) São Caetano 77; 5) Fluminense 76; 6) Internacional 73; 7) Goiás 72; 8) Cruzeiro 71; 9) Corínthians 64; 10) Palmeiras 58; 11) Vasco da Gama 54 e Paraná Clube 54; 13) Grêmio 52; 14) Ponte Preta 49; 15) Atlético-MG 47; 16) Coritiba 41; 17) Juventude 38; 18) Figueirense 29; 19) Flamengo 28; 20) Bahia 25.

Segundo este critério, qual o melhor time da história do Brasileirão (1971-2005)? Para comparação, veja entre parênteses a classificação de cada equipe nos rankings da CBF e da PLACAR):


  1. 1-447 São Paulo (Placar: 1; CBF: 2)
  2. 2-422 Corínthians (Placar: 2; CBF: 4)
  3. 3-417 Palmeiras (Placar: 4; CBF: 8)
  4. 4-409 Internacional (Placar: 5; CBF: 1)
  5. 5-407 Atlético-MG (Placar: 3; CBF: 3)
  6. 6-394 Vasco da Gama (Placar: 9; CBF: 6)
  7. 7-378 Flamengo (Placar: 10; CBF: 9)
  8. 8-370 Santos (Placar: 8; CBF: 7)
  9. 9-367 Grêmio (Placar: 7; CBF: 10)
  10. 10-363 Cruzeiro (Placar: 6; CBF: 5)
  11. 11-287 Fluminense (Placar: 11; CBF: 11)
  12. 12-257 Botafogo-RJ (Placar: 12; CBF 12)
  13. 13-245 Guarani (Placar: 13; CBF: 13)
  14. 14-220 Coritiba (Placar: 14; CBF: 15)
  15. 15-204 Goiás (Placar: 16; CBF: 14)
  16. 16-200 Portuguesa (Placar: 16; CBF: 19)
  17. 17-192 Bahia (Placar: 19; CBF: 17)
  18. 18-184 Sport Recife (Placar: 15; CBF: 20)
  19. 19-175 Atlético-PR (Placar: 16; CBF: 16)
  20. 20-142 Ponte Preta (Placar: 21; CBF: 21)
  21. 20-142 Vitória (Placar: 23; CBF: 18)
  22. 22-096 Paraná Clube (Placar: 29; CBF: 24)
  23. 23-080 Náutico (Placar: 32; CBF: 32)
  24. 24-079 Bragantino (Placar: 21; CBF: 35)
  25. 25-077 São Caetano (Placar: 20; CBF: 28)
  26. 25-077 América-RJ (Placar: 28; CBF: 27)
  27. 27-074 Santa Cruz (Placar: 25; CBF: 23)
  28. 28-068 Juventude (Placar: 27; CBF: 22)
  29. 29-067 Operário-MS (Placar: 24; CBF: 36)
  30. 30-035 Remo (Placar: 35; CBF: 34)
  31. 31-032 Criciúma (Placar: zero pts; CBF: 30)
  32. 31-032 Bangú (Placar: 26; CBF: 38)
  33. 33-029 Figueirense (Placar: zero pts; CBF: 29)
  34. 33-029 Ceará (Placar: 33; CBF: 32)
  35. 35-026 Paysandú (Placar: zero pts; CBF: 25)
  36. 36-025 Londrina (Placar: 31; CBF: 48)
  37. 37-024 Botafogo-SP (Placar: zero pts; CBF: 43)
  38. 38-022 Fortaleza (Placar: zero pts; CBF: 31)
  39. 38-022 América-MG (Placar: 33; CBF: 33)
  40. 40-020 Joinville (Placar: 35; CBF: 41)
  41. 41-018 Brasil (Placar: 30; CBF: 59)
  42. 42-017 Inter de Limeira (Placar: zero pts; CBF: 51)
  43. 43-016 CSA-AL (Placar: zero pts; CBF: 42)
  44. 44-015 Uberlândia (Placar: 37; CBF: 69)
  45. 45-012 Caxias (Placar: zero pts; CBF: 54)
  46. 46-011 São José (Placar: zero pts; CBF: 85)
  47. 46-011 Santo André (Placar: 37; CBF: 98)
  48. 48-010 Anapolina (Placar: zero pts; CBF: 70)
  49. 49-009 União São João (Placar: zero pts; CBF: 66)
  50. 49-009 América-RN (Placar: zero pts; CBF: 37)
  51. 49-009 Colorado-PR (Placar: zero pts; CBF: 53)
  52. 49-009 Ferroviária (Placar: zero pts; CBF: 95)
  53. 49-009 Desportiva (Placar: zero pts; CBF: 40)
  54. 54-008 Nacional-AM (Placar: zero pts; CBF: 39)
  55. 55-007 Gama (Placar: zero pts; CBF: 44)
  56. 55-007 Mixto (Placar: zero pts; CBF: 49)
  57. 55-007 Comercial-SP (Placar: zero pts; CBF: 93)
  58. 58-006 Malutrom (Placar: zero pts; CBF: 127)
  59. 58-006 São Bento (Placar: zero pts; CBF: 113)
  60. 60-005 XV de Piracicaba (Placar: zero pts; CBF: 80)
  61. 61-004 CRB-AL (Placar: zero pts; CBF: 45)
  62. 62-002 Botafogo-PB (Placar: zero pts; CBF; 46)
  63. 62-002 Tiradentes-PI (Placar: zero pts; CBF: 52)
  64. 64-001 Brasília (Placar: zero pts; CBF: 65)
  65. 64-001 XV de Jaú (Placar: zero pts; 103)

O São Paulo lidera com uma certa folga até o momento e o ranking será atualizado após o encerramento do Brasileirão 2006, em dezembro.

24.5.06

Independência de Montenegro, fim do domínio sérvio


Com 55% de sua população a favor da independência, Montenegro se transformou no fim de semana passado na última das nações integrantes da ex-Iugoslávia a se separar da Sérvia. Com o resultado anunciado e considerado suficiente pela União Européia para o reconhecimento do país como nação soberana, Montenegro passa a ser uma república independente.

A ex-República Socialista Federativa da Iugoslávia desintegrou-se pela guerra civil étnica desencadeada nos princípios da década de 1990. As várias etnias que a compõem (sérvios, croatas, eslovênos, montenegrinos, albaneses e macedônicos), a partir do colapso do socialismo, reivindicaram a independência, o que não acabou bem para muita gente.

A primeira das nações da ex-Iugoslávia a conseguir independência foi a Eslovênia. Já Bósnia & Herzegovina, de maioria mulçumana, sofreu as atrocidades de ataques inacreditavelmente violentos por parte dos sérvios. Muitas foram as mães que viram seus filhos serem decapitados ou até mesmo extraídos dos seus ventres por soldados a mando de um monstro chamado Milosevic, ex-presidente da Iugoslávia que atualmente deve estar queimando no inferno, umbral ou localidade semelhante.

O mais chocante desta guerra, o conflito mais sangrento ocorrido no continente europeu desde a II Guerra Mundial, foi a indiferença dos Estados Unidos e da comunidade internacional em geral. A Bósnia não tem petróleo nem nenhum outro tipo de riqueza que justificasse uma invasão norte-americana (lê-se intervenção da ONU). Foi revoltante ver a passividade do mundo perante três anos de genocídio injustificável.

A independência de Montenegro representa o ponto final, talvez o último vestígio de domínio sérvio forçado sobre as repúblicas que por algumas décadas compuseram a Federação Iugoslava. Para estas nações a liberdade teve um custo elevado, porém, ainda que tarde, chegou. Menos mal.

23.5.06

O Código Da Vinci, Maria Madalena, verdade e fé, não necessariamente nessa ordem...


Paris, janeiro de 1998. Nosso trem para Roma partiria em pouco mais de uma hora, chovia, fazia muito frio, e estávamos longe da estação, mas eu insisti: queria conhecer a Église de la Madeleine, ou a igreja de Santa Maria Madalena. A igreja construída no estilo neo-clássico não se encontra entre os principais pontos turísticos da capital francesa, porém a proximidade que sempre senti com esta santa me empurrou até ela, ainda que fosse para fazer uma simples oração e agradecer por sua proteção.

Foi justamente o que aconteceu. Foram 5 minutos de intensa paz que seriam seguidos por uma verdadeira maratona que enfrentamos para chegarmos à estação em tempo. Com muito suor conseguimos embarcar, mas essa é uma outra estória...

O fato é que, dias depois, em Reikjavik, lá estava ela novamente: uma imagem gigantesca da santa que já foi tachada de prostituta pela igreja católica, na entrada de uma biblioteca pública da capital islandesa. Sua presença e sua proteção eram indiscutíveis.

****

São Paulo, alguns anos depois, livraria FNAC. O título daquele livro me chamou a atenção de longe: “A Linhagem do Santo Graal”. Porém, ao me aproximar, li o que vinha logo abaixo da ilustração do suposto cálice: “A verdadeira história do casamento de Maria Madalena e Jesus Cristo”. Não me dei o trabalho nem de retirar o livro da prateleira. “Quanta bobagem que inventam!”, pensei.

Anos depois, assim como milhões de pessoas, li O Código Da Vinci de Dan Brown, sem saber exatamente do que se tratava. De forma mais sutil, o casamento de Jesus e Maria Madalena é abordado no livro, com trechos da trama inspirados no livro que resolvi ignorar anos atrás. Apesar de se tratar de ficção, o Código Da Vinci (agora também nas telas do cinema) traz informações interessantes sobre um assunto extremamente delicado. Sobretudo, ele nos incentiva a questionar a igreja e seus dogmas (absurdos que os católicos fingem acreditar e que os crentes parecem realmente acreditar!).

Se Jesus foi realmente casado e teve uma filha com Maria Madalena, se ele era mais humano que divino, se foi concebido da mesma forma que todos nós o fomos, será que o seu legado e mensagens de amor e paz para a humanidade seriam menos apreciados? Será que precisamos de milagres para ter “fé”? Não seria essa uma grande contradição?

Faz todo o sentido do mundo a igreja ter abafado o verdadeiro papel de Maria Madalena nessa história. Naqueles tempos uma mulher poderia fundar uma religião e levar adiante os ensinamentos do Cristo? O machismo está em toda a parte na religião católica e em todas as outras grandes religiões. A própria “virgem” Maria torna todas as outras mulheres impuras.

Estou lendo “A Linhagem do Santo Graal”, de Laurence Gardner, e ao contrário do que pensei anos atrás, este livro está longe de ser uma “bobagem”. Quem tiver interesse no assunto, recomendo que leia e tire suas próprias conclusões.

Acredito que a verdade deva prevalecer sempre, doa a quem doer, mas historicamente sempre fomos enganados por religiosos, políticos, historiadores, imprensa - tão pouco do que vemos e ouvimos é real ou completo.

Que o Código Da Vinci, com suas verdades e fantasias, ao menos plante a dúvida na mente acomodada e preguiçosa das massas, para que oxalá um dia Maria Madalena e tantas outras mulheres (e homens) que contribuíram mais com a humanidade do que certas “instituições sagradas” nos permitem imaginar, sejam devidamente reconhecidas por quem realmente foram e pelo que realmente fizeram.

Tenho fé de que um dia a manipulação dará lugar a verdade. Muita fé.

20.5.06

1982: A Copa que mais me marcou


O Brasil não foi campeão, mas por diversas razões a Copa do Mundo que mais me marcou foi a de 1982. A maior parte das lembranças daqueles dias são tão fortes que me dá a impressão que tudo aconteceu ontem.

Como era de costume nas férias de julho, fui passar alguns dias com os meus avós no Rio de Janeiro. A cidade estava toda enfeitada de verde e amarelo e nas paredes das ruas havia desenhos do Naranjito (uma laranjinha que foi o mascote da Copa de 82, que aconteceu na Espanha), do Pacheco (torcedor queixudo vestindo boné que representava o torcedor brasileiro) e, como não podia faltar, do nosso ilustre Zé Carioca.

O Rio de Janeiro era outra cidade naqueles tempos. A cidade não era nenhuma Xangri-lá, enfrentava os problemas cotidianos de qualquer outra cidade grande, porém ainda não ouvíamos falar em traficantes, duelos frequentes entre policiais e bandidos, inúmeros crimes e sequestros. Eu pelo menos não ouvia.

Meus avós moravam no morro de São Carlos, Estácio de Sá, em um casarão construído pelo meu avô e meu bisavô. Subíamos e descíamos aquela ladeira sem a menor preocupação. Hoje, a casa que acabou sendo incrivelmente desvalorizada e vendida a preço de banana devido à presença de bandidos que mais tarde se apoderaram da rua, fica em frente a uma "boca de fumo". Só conseguimos chegar lá através das maravilhosas recordações de tempos que ficaram no passado.

De volta a este passado, uma certa manhã acordei e pedi ao meu avô que me levasse em um tour pela cidade para que eu pudesse fotografar as igrejas do Rio de Janeiro. Saímos cedo e entre passeios de ônibus, metrô e longas caminhadas, conheci um Rio de Janeiro boêmio que era novo e fascinante para mim e que jamais deixou a minha memória. Me recordo das fotos tiradas nas igrejas da Penha e da Candelária e de papéis picados espalhados por toda a cidade, vestígios da comemoração da última vitória do sensacional time de Telê Santana, contra a Argentina.

O passeio terminou da seguinte forma: por volta das 5 horas da tarde, descemos em uma estação do metrô e meu avô apontou para a última igreja que iríamos visitar. Não tenho certeza de qual igreja se tratava, porém ela estava longe daquele ponto e eu, exausto, respondi: "Legal vô, deixa eu fotografar ela daqui mesmo e depois vamos para casa né?". Com um sorriso, ele passou a mão na minha cabeça e concordou.

Eu tinha 10 anos, meu avô por volta de 62, e o velho Jayme me deu uma canseira naquele dia!

Se o passeio acabou ali, a Copa ainda continuava para o Brasil, pelo menos por mais uma partida...

O Brasil havia encantado o mundo com vitórias convincentes sobre a Nova Zelândia, Escócia, União Soviética e Argentina e era tido como franco favorito ao título. O talento de Zico, Sócrates, Falcão e Júnior, aliados às bombas de Éder, enchiam os olhos de quem os visse em campo. Já a Itália, passou pele primeira fase "raspando", com três míseros empates, inclusive contra equipes sem expressão na época, como Camarões e Perú.

Porém, como diria o poeta, futebol se ganha dentro do campo, e naquela fatídica tarde de domingo a Itália e Paolo Rossi, atacante que até então não havia convertido sequer um gol na Copa, desencantaram.

O Brasil precisava de um empate para prosseguir na competição, resultado que consegiu buscar duas vezes durante a partida, já que a Itália fez 1X0 e 2X1, sempre com Paolo Rossi... Falcão, com um magistral chute da entrada da área, fez 2X2 faltando 22 minutos para o encerramento da partida. Seis minutos depois, ele, Paolo Rossi, lacrava o que para nós brasileiros ficou conhecida como a "tragédia do Sarriá".

Assisti aquele triste e emocionante espetáculo na casa da então namorada do meu tio Paulo, com meus avós e primos. Ao som do apito final, meu tio estendeu a mão direita a mim e ao Rodrigo (meu primo que fazia bico) dizendo: "É isso amigos, quem sabe em 2006?".

O futebol arte do Brasil amargava um penoso quinto lugar, enquanto a Itália de Paolo Rossi estava destinada ao tri campeonato, tendo desbancado posteriormente a Polônia de Boniek (que jogou a semifinal desfalcada do seu maior craque) e a Alemanha de Rummenigge.

Foi a primeira Copa do Mundo que acompanhei, já que a minha paixão pelo futebol havia nascido um ano antes, com a conquista do mundial de clubes pelo meu amado Grêmio. Não me fogem da memória a nossa torcida pelos surpreendentes Camarões e Argélia (que ganhou da Alemanha por 2X1 na primeira rodada da primeira fase), da irritante linha de impedimento da URSS, da incrível goleada da Hungria sobre El Salvador por 10X1, do sheik do Kwait que desceu da tribuna de honra e fez o juíz anular um gol da França contra a sua seleção (que acabou perdendo de goleada mesmo sem o tal controvertido gol anulado - 1X4), e do nosso carrasco, Paolo Rossi da Itália.

Também lembro com carinho e nostalgia daqueles dias no Rio de Janeiro, principalmente do meu avô Jayme e meu tio Paulo, duas das pessoas mais espetaculares que já conheci, e que infelizmente já partiram para uma melhor.

Tempos de Copa do Mundo são especiais, cada Copa do Mundo tráz memórias que ficam para sempre registradas. Para mim 1982 é insuperável e absolutamente inesquecível. Saudades.

19.5.06

Confirmada final carioca na Copa do Brasil

Não deu para o Ipatinga. O time mineiro foi guerreiro, chegou a jogar melhor que o Flamengo em pleno Maracanã e até saiu na frente, mas no final prevaleceu o peso da camisa e o Flamengo classificou-se para disputar a final da Copa do Brasil com o Vasco da Gama.

Será a primeira vez que dois clubes de um mesmo estado disputarão a final do torneio, que promete recordes de público e renda nas duas partidas finais, que acontecerão após a conclusão da Copa do Mundo.

Vejo ambas equipes como mediocres, mas entre uma e outra, espero que o Flamengo leve a melhor. Não tem como torcer para o time do Eurico Miranda...

18.5.06

Perigo: o Vasco da Gama é finalista da Copa do Brasil

Ironia das ironias, o decadente futebol carioca está dominando a Copa do Brasil. Três dos quatro semifinalistas são cariocas, e um deles, o Vasco da Gama, já é finalista após a vitória de ontem sobre o Fluminense, que mais uma vez nadou, nadou... e nada.

Com pai, tio e primos vascainos doentes, meu problema não é com o clube, que chega pela primeira vez na sua história à final da Copa do Brasil, mas sim com o seu famoso dirigente: o intragável Eurico Miranda.

Eurico representa tudo o que eu mais abomino neste país: pessoas que se consideram acima da lei, e o que é pior, que tem espaço para agir como tais. Quantas foram as acusações, os processos, as intimações que este homem recebeu, quantas foram as viradas de mesa por ele patrocinadas, e o Sr. Miranda permanece impune? Em 2002, quando não foi reeleito deputado (pelo menos isso), perdeu a imunidade parlamentar, mas ainda assim alguém conseguiu colocar este homem atrás das grades?

Um título nacional e vaga na Libertadores de 2007 para o Vasco significaria abrir mais espaço para este bandido dentro do clube e do futebol brasileiro (onde pelo menos ele parece ter perdido força). Além disso, o time é mediocre e não merece chegar tão longe.

Minha grande esperança é ver o Ipatinga, a surpresa mineira, desbancar o Flamengo em pleno Maracanã esta noite e depois massacrar o Vasco da Gama na final da Copa do Brasil, que acontecerá somente depois da Copa do Mundo. Se os também "pequenos" Santo André e Paulista sagraram-se campeões destes torneio em cima de equipes cariocas (Flamengo em 2004 e Fluminense em 2005), porque não botar fé no Ipatinga?

Aliás, inaugurado há apenas 8 anos, o Ipatinga tem dado o que falar: campeão mineiro em 2005, vice em 2006, e agora semifinalista da Copa do Brasil, o segundo mais importante torneio de futebol do nosso país. Sem dúvida um exemplo a ser seguido.

Voltando aos "grandes" cariocas, acredito que o que é ruim não deve ser alimentado. O futebol carioca está precisando de uma injeção de ética e não de títulos para abafar uma situação caótica.

É esperar para ver o que acontecer, mas esta noite serei Ipatinga desde a barriga da mamãe!

POR ONDE ANDA TELÉCIA???


Cobertura do Miss Brasil 2005, aeroporto de Congonhas, São Paulo. As misses continuavam a chegar, e nada da Miss Maranhão... Maria Helena, a “chaperona” do Miss Brasil (uma espécie de “dama de companhia” das misses) estava visivelmente preocupada. “O que será que aconteceu com essa menina?”, indagava. “E o pior é que ninguém viu fotos dela”, dizia ela. Foi quando sugeri encaminhar-nos ao balcão de tendimento da TAM.

Chegando lá, primeiramente pedimos confirmar se o avião havia aterrisado:

Elaine (agente da TAM): Chegou sim senhores, às 19:20.
Maria Helena: Você pode verificar se uma pessoa embarcou neste vôo?
Elaine: Infelizmente não posso estar vendo senhora, esta informação é sigilosa.
Maria Helena: Sabe o que é? Eu trabalho no MissBrasil, e neste vôo deveria estar a Miss Maranhão,Telécia Souza...
Elaine: Como é o nome dela?? (contendo o riso)
Maria Helena: Telécia. Você vai me ajudar?
Elaine: Não posso, me desculpe. É que achei não estar entendendo senhora. Por quê vocês não anunciam? Podem estar anunciando logo ali, no balcão de informações...

E foi o que fizemos. Nos dirigimos ao balcão de informações, explicamos a situação, e pedimos que anunciassem a Miss Maranhão.

Atendente: Não podemos dizer “Miss Maranhão”, senhora. Qual o nome dela?
Maria Helena: Lá vamos nós outra vez... Telécia.
Atendente: O que??? Tem certeza? Isso não é companhia telefônica lá do Maranhão?
Maria Helena (já esgotada): Certeza absoluta. Telécia.
Atendende: Um momentinho.... (pega o telefone e solicita que anunciem: “Sim, Telécia... não é Teclécia, é Telécia mesmo! É, eu também não...”)
Maria Helena: Obrigada. Vamos aguardar então...

“SRA. TELÉCIIIIAAAA.... FAVOR DIRIGIR-SE AO BALCÃO DE INFORMAÇÕEEEEES...”

Esperamos uns 15 minutos e nada. Quando íamos caminhando de volta a área de desembarque, vinha em nossa direção uma morena alta, belo corpo, pelecurtida. Olhamos um para o outro e dissemos ao mesmo tempo: “Será?????”

Maria Helena: Minha filha, desculpa! Por acaso você é a Telécia??
Moça: Não, eu sou a Alexandrine.
Maria Helena: Ai meu Deuuusss!! Sabe o que é, Alexandrine? Perdemos a Miss Maranhão! Você não quer ser miss não?? (falou brincando)
Alexandrine: Miss??? Não!! Quero ser modelo! Desculpe. E lá se foi a Alexandrine...
Mais tarde descobrimos que Teclecia havia mesmo perdido o vôo.

É... a Miss Maranhão, antes mesmo de chegar a São Paulo, já deu muito o que falar! Telécia acabou se revelando uma figura! Se perdia nos elevadores do hotel onde as misses ficaram hospedadas, gostava de comer com colher, e quando finalmente entrou em um avião rumo a São Paulo, foi a primeira vez que voou. Pelo menos literalmente.

Miss Brasil "Muy Italiana"


Outro dia conversava com um amigo chileno sobre a nova Miss Brasil Universo, a gaúcha Rafaela Zanella. Ele me dizia que encontrava a brasileira muito linda de corpo, com belos olhos e um conjunto que convence. E completou sua descrição afirmando: “...lo que pasa es que es muy italiana, no se si me entiendes...”. Acho que entendo sim.

No MBonB (www.voy.com/185349/), espaço dedicado à discussões entre “missólogos” (denominação que você não encontrará no Aurélio que pode ser descrita como “aqueles que são apaixonados e algumas vezes conhecedores do universo das misses), cada vez que é publicada uma foto da gaúcha com expressão séria ela arranca elogios, aplausos, suspiros. Já quando ela sorri, chovem críticas.

Este é o seu momento “muy italiana”.

Eu particularmente acho o sorriso da nossa miss encantador, mas entendo que ao menos em fotos, ele faz com que a perfeição dos traços da moça de lugar por um instante a uma “desarmonia” que, no meu ponto de vista, é muito interessante. Em outras palavras, Rafaela não tem carinha de boneca, e convenhamos, ainda bem!

Sua beleza é quase agressiva, uma vez que causa reações, sejam elas boas (entre os liberais) ou ruins (entre os mais conservadores).

Apesar de jamais uma italiana ter sido eleita Miss Universo, são diversas as vencedoras com o perfil de “beleza agressiva”, como por exemplo Corinne Tsopei (1964), Georgina Rizk (1971), Irene Saez (1981), Michelle McLean (1992), Brook Lee (1997) e Justine Pasek (2002).

O importante é que no conjunto, como diria o meu amigo chileno, ela parece convencer. Linda e carismática como ela é, e torcedora orgulhosa e confessa do Grêmio, para mim esta “beleza agressiva muy italiana” merece nota 10.

Torcemos para que os jurados do Miss Universo tenham a mesma opinião. Boa sorte Rafela!