Mundial de Basquete: excelentes jogos e a vergonha brasileira

A cada quatro anos o brasileiro vive fortes emoções não somente com a Copa do Mundo de futebol, mas também com os mundiais de basquete e vôlei masculino e feminino. O mundial de basquete masculino está acontecendo no Japão, onde o Brasil deu vexame histórico ao ser eliminado logo na primeira fase, enquanto outras seleções nos brindam com verdadeiros shows em quadra.

De 212 equipes que participaram nas eliminatórias em todo o mundo, 24 chegaram à fase final da competição, seis a mais que em 2002. Essas 24 equipes foram divididas em 4 chaves de 6, com todos jogando contra todos dentro de suas respectivas chaves.

No Brasil a expectativa era de uma boa campanha da nossa seleção, inclusive comentava-se que não era sonhar demais com o Brasil entre os 3 primeiros colocados. Acontece que caimos no famoso "grupo da morte", e após 4 derrotas contra Austrália, Turquia, Grécia e Lituânia, e apenas uma vitória contra o Qatar, talvez a mais frágil das 24 seleções, o sonho de alguns tornou-se pesadelo. O Brasil fez sua pior campanha na história e voltou cedo para casa.

Mas a vida continua e as tranmissões da Sport TV nas madrugadas também, agora com as emocionantes oitavas-de-final. O jogo mais incrível da madrugada passada aconteceu já na manhã deste sábado. A favorita Turquia pegou pela frente a Eslovênia, e os dois brigaram pela classificação até o final, de igual para igual. A Eslovênia chegou a ter uma vantagem de 4 pontos faltando poucos minutos, mas foi ai que os turcos simplesmente não erraram mais. Cairam todas as tentativas de 3 pontos e com os nervos no lugar, os turcos se recuperaram e venceram por 90-84.

Nervos no lugar, algo que geralmente falta às nossas seleções, seja qual for o esporte...

Os turcos jogarão na próxima fase contra a Argentina, que venceu a Nova Zelândia (a grande surpresa de 2002 ao chegar em quarto lugar na frente dos Estados Unidos) com o placar de 79-62. Também não faltou emoção na vitória da Lituânia sobre a Itália, favorita para este jogo. A república báltica venceu por 71-68. Outra potência que ficou pelo caminho foi a extinta Sérvia & Montenegro, campeã em 2002, que perdeu para a Espanha por 87-75.

Esta noite acontecerão outros 4 jogos: a Alemanha pega a surpreendente Nigéria, seguida por EUA e Austrália, França e Angola e Grécia contra China. A classificação destes dois países africanos veio a comprovar o desenvolvimento do esporte naquele continente.

Além do Brasil, outro fiasco na competição também veio das Américas: Porto Rico, tradicional força do esporte, que foi eliminada em um grupo teoricamente fraco, cedendo lugar à Eslovênia e China.

Quem quiser saber mais sobre o Mundial de Basquete masculino deve acessar o excelente site da FIBA: www.fiba.com. A UOL também traz cobertura completa no link http://esporte.uol.com.br/basquete/.

Quando o que não vemos se manifesta

"O que os olhos não vêem, o coração não sente". Será? Se levarmos esta frase ao pé da letra ela perde o sentido. Há coisas que a nossa visão não alcança, mas que sentimos com o coração, com a mente, com a alma. Ontem aconteceu depois de muito tempo. O ambiente era propício, as pessoas eram de luz. "Vi", ou senti, e recebi a confirmação. A mensagem que parecia não fazer sentido, fez. Cascata de luz, azul e branca. Muita paz. Bom sinal para quem está acabando de atravessar uma tempestade. O tempo está virando e os inimigos vão se perdendo em penhascos criados pela própria falta de humildade. Só tenho a agradecer a Deus e a estas pessoas maravilhosas que para mim já são família. Não tem nada que compre momentos como os de ontem a noite.

A queda vertiginosa do Miss Universo

Não é por ter a licensa do Miss Mundo no Brasil que eu vou torcer pela desgraça do Miss Universo. Muito pelo contrário, acredito que os concursos de beleza já têm pouco espaço na mídia, e falhas graves em um concurso ou no outro acabam comprometendo o interesse pelo adversário tambem.

O Miss Universo não conseguiu uma sede em 2006. Nenum país ou cidade quis desembolsar US$ 10 milhões para receber 85 beldades falando os mais diversos idiomas e desfilando seus trajes típicos e belas formas para todo o planeta (exageradamente falando). Então Los Angeles, sede da NBC, rede de televisão que transmite o evento nos EUA e retransmite para outros países, acabou sendo a solução.

L.A. não desembolsou nem um centavo e o interesse da mídia local foi zero. Me fez lembrar o Miss Universo 1990, realizado nas mesmas circunstâncias. Foi um show sem externas, com poucos patrocinadores e até mesmo um retrocesso na produção. Trajes típicos, desfiles de trajes de noite ao som de um tenor pop (perdoem a minha ignorância, nunca vi, nem me lembro o nome...), vencedora "ochentosa" como definiu um amigo panamenho: ou seja, com toda a pinta de anos 80.

Jurados porto-riquenhos, apresentador porto-riquenho, atração musical porto-riquenha. A vencedora? Acertou, porto-riquenha!

Porto Rico é o único país (na verdade uma possessão norte-americana) onde um fato ocorrido com uma miss, por mais imbecil que seja, ocupa mais espaço na mídia que uma guerra ou até mesmo uma explosão nuclear. Me lembro em 2001, quando estive na ilha e presenciei a vergonhosa vitória da dona da casa, que deixou uma deusa grega cheia de "va-va-voom" em segundo lugar e ergueu a taça (ou a coroa) e fez a festa dos locais. As pessoas gritavam, choravam, balançavam bandeiras. Foi decretado feriado nacional no dia seguinte. Tudo era quase surreal.

Aquela havia sido a quarta Miss Porto Rico a ganhar o título. A recém eleita é a quinta! Somente os EUA tem mais vitórias no Miss Universo: 7. São 12 Misses Universo (de 55) a portarem passaporte americano.

Então, porque Porto Rico novamente? Por que a sede de 2007 já está garantida. Faltou dinheiro para o Miss Universo, a solução é simples: elege-se uma Miss Universo de Porto Rico!

Contam que o vestido que a coitada usou na noite da sua eleição era tão apertado que a Miss desmaiou minutos após ter sido coroada com falta de ar!Tiveram que rasgar a roupa para salvar a vida da nova soberana da beleza.

E quem foram as vítimas desta estranha escolha? A Miss Japão, segunda colocada, franca favorita da platéia e dos fãs em todos os cantos do mundo. Talvez não a mais bela das candidatas, mas certamente a mais encantadora, a mais completa, a mais "diferente". Apostar em uma beleza não convencional talvez tivesse sido muito mais interessante que garantir a sede de 2007.

E a Miss Suíça? A Flavia Alessandra dos Alpes, uma pintura de mulher que exagerou na magreza, mas que esbanjou sensualidade e beleza na passarela. Poderia ter ganho, mas amargou um injusto terceiro lugar.

Em quarto lugar veio a surpreendente e exótica beleza do Paraguai. Uma Luciana Gimenez mais jovem com muito sex appeal e domínio de passarela. Ninguém esperava, mas certamente mereceu a classificação.

O quinto lugar da norte-americana não merece comentários. No lugar dela (e da Porto Rico) mereciam ter entrado Canadá, México, entre outras.

A novidade deste ano foi o número de semifinalistas: 20, ao invés de 15. A tradicional Venezuela mandou uma candidata pra lá de estranha, e amargou sua segunda desclassificação em mais de duas décadas.

Nossa Miss Brasil ficou entre as 20 merecidamente. Chegou onde podia e fez bonito.

Qual o futuro do Miss Universo? Seguir agradando a população hispânica e virtualmente ignorar o resto do mundo? A audiência nos EUA foi das mais baixas da história. No Brasil então, nem se fala: a BAND conseguiu apenas 4 pontos no IBOPE.

Falta inovação, tempero e imparcialidade ao Miss Universo. Anteontem aconteceu o Miss Teen USA, da mesma organização. O formato foi o mesmo, o resultado também foi pífio. Uma pena.

Se continuar assim, em poucos anos será um concurso produzido por algum canal de Porto Rico, México, Venezuela ou Colômbia. Ou então, terminará na televisão a cabo, como ocorreu com o Miss America.

Wake up Mr. Trump, before it´s too late!

Tempo, algo verdadeiramente precioso...

Nas últimas semanas aprendi a volorizar o tempo. Tudo vem acontecendo tão rapidamente que muitas vezes perco a noção do que realmente aconteceu. A Itália foi campeã do mundo em uma Copa, digamos assim, que deixou a desejar. Bom, pelo menos os franceses não levaram. Depois veio o Miss Brasil Mundo, recepcionar a Miss Mundo, o convívio com as candidatas, os erros e acertos do show que acabou com a eleição da Jane Borges. Diga-se de passagem, feliz eleição.

Depois veio a correria com a Miss em Curitiba, em Minas e em São Paulo. A correria continua. No meio disso tudo, tem também os preparativos do Mister Brasil e a viagem da Miss para a Polônia se aproximando. Depois irei eu, conhecer Varsóvia e sofrer nas 2,5 horas deste concurso fantástico e tão imprevisível.

Enquanto isso, no Beira-Rio e na tv, o Inter vai ganhando do São Paulo e levando o título de campeão da Libertadores. FDP!!

Ah! Teve o Miss Universo também, na semana do Miss Brasil Mundo. A vitória da Miss Porto Rico foi tão medíocre quanto a vitória do Flamengo na Copa do Brasil. Peso da faixa. Peso da camisa. Só. O show também foi ruim, apesar da beleza de diversas finalistas. Japão deveria ter levado, ou então Suíça.

Que venha o Miss Mundo. Que o carisma e beleza natural da Jane conquistem os jurados estrangeiros. É torcer, seguir sendo levado pela correnteza do tempo, e ver no que tudo isso vai dar.

Acabou o jogo, Internacional campeão da Libertadores. Que merda. Mas nada como o tempo para que isso também se torne apenas história. Repito: que merda!